As 7 Maravilhas Praias de Portugal
A iniciativa Sete Maravilhas anunciou os vencedores das melhores praias de Portugal, numa cerimónia em Tróia, depois de mais de 600 mil votos.
O Que Visitar Em apresenta-lhe as sete praias “maravilha” de Portugal.
Na categoria Praias de Rios:
Praia de V. N. de Milfontes – Furnas (Odmira-Alentejo)
Inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a Praia das Furnas (Furnas-rio) localiza-se na margem sul da foz do Rio Mira, na freguesia de Longueira/Almograve. Apresenta uma frente de rio que tem como cenário parte de Milfontes, vila conhecida como “Princesa do Alentejo”, destino turístico por excelência do concelho de Odemira. O sereno e preservado estuário do Mira confere-lhe beleza singular, convidando à reunião familiar e à prática de actividades desportivas e recreativas. Canoagem ou Windsurf são apenas alguns exemplos.Adornada por um cordão dunar que a protege da terra, a Praia das Furnas desenvolve-se numa extensa língua de areia fina, onde a influência marítima proporciona uma atmosfera e ambiente muito peculiares.É uma praia vigiada, que oferece boas acessibilidades ao areal, também a pessoas com mobilidade condicionada, zonas de circulação automóvel, áreas de estacionamento e apoio de praia.A qualidade da água e do seu areal tem sido reconhecida desde 2008 com a atribuição dos galardões “Bandeira Azul” e “Praia Acessível”.
Na categoria Praias de Albufeiras e Lagoas:
Ribeira – Albufeira do Azibo (Macedo de Cavaleiros – Trás-os-Montes e Alto Douro)
No concelho de Macedo de Cavaleiros há um local inesperado e de rara beleza: a Praia da Ribeira, integrada na Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo. Com excelentes comodidades, nela a prática balnear se pratica em perfeita harmonia com a natureza envolvente. A Praia da Ribeira é reconhecida com a Bandeira Azul, sinónimo da qualidade deste espaço e das diversas iniciativas de educação ambiental realizadas junto dos banhistas. Estamos num concelho ECO XXI! A estes créditos ambientais soma-se um areal impecável, integrado em extensa área verde e ajardinada. Não há rotina nem monotonia com a oferta de atividades e recursos tais como a prática de canoagem e btt, o campo de voleibol, o parque infantil, a biblioteca volante, as barracas de artesanato e de produtos regionais, o bar e as roulotes de apoio em que se é atendido por gente jovem e bem disposta. A partir da Praia da Ribeira pode-se partir à descoberta de uma zona de enorme riqueza paisagística e biológica, refúgio para muitas espécies animais e onde florescem orquídeas selvagens.
Na categoria Praias de Arribas:
Praia de Odeceixe (Aljezur – Algarve)
A praia de Odeceixe, localizada no extremo norte do concelho de Aljezur, tem a particularidade de conter uma praia fluvial, pois é limitada a nascente e a norte pela Ribeira de Seixe, que faz fronteira natural com o Alentejo. Tem por isso banhos de mar e de rio. A ribeira, que integra a maior bacia hidrográfica deste concelho, condiciona a dinâmica daquela praia, não só pela quantidade de sedimentos que a “alimenta”, como também pela energia das cheias, que em períodos muito chuvosos pode condicionar a forma e a dimensão desta praia. A Praia de Odeceixe insere-se assim na extremidade de um vale dominado por esta ribeira, culminando encaixada entre altaneiras arribas de xisto e grauvaques, característicos desta região. A praia apresenta uma elevada qualidade paisagística e biodiversidade, podendo desfrutar-se de uma paisagem de rara e enorme beleza do topo das arribas. Estas constituem habitat privilegiado para a avifauna, proporcionando excelentes condições para a observação de aves, como a cegonha branca, o falcão-peregrino ou a gralha-de-bico-vermelho. É de facto neste Parque Natural, o único local do mundo onde é possível observar-se as cegonhas que nidificam nos rochedos marítimos.
Na categoria Praias de Dunas:
Praia do Porto Santo (Porto Santo – Madeira)
A Praia do Porto Santo e a história da Ilha são indissociáveis. São 9 quilómetros de um extenso e contínuo areal de areias finas e douradas que fazem da popularmente apelidada “Ilha Dourada” a sua imagem de marca e o seu grande ícone. E foi justamente este manto amarelo voltado a Sul, calmo e sereno, que em 1418 recebeu os descobridores portugueses que, no meio de uma tempestade, encontraram ali o seu “porto santo” e assim o baptizaram. A Ilha inaugurava desta forma a época dourada da epopeia dos descobrimentos portugueses do século XV. Ao “ouro” do Porto Santo sucederam-se o ouro do Brasil, as preciosidades da Índia e os preparativos da viagem de Cristóvão Colombo para a descoberta da América, tornando a Ilha a primeira ponte entre o velho e o novo mundo. Ontem como hoje, pela história e pelas vivências, a praia, com um cordão dunar sustentado por diversas espécies de plantas indígenas, e as suas águas cristalinas e amornadas, de um azul-turquesa irreproduzível, continua a ser a pedra preciosa desta “Ilha Morena”, outro nome pelo qual o Porto Santo também é conhecido em virtude das muitas horas de sol, da aridez e do seu despojamento arbóreo. Mas esta praia oferece muito mais do que aprazíveis banhos e sol. As suas qualidades, outrora ocultas, embora há muito conhecidas da sabedoria popular e actualmente cientificamente provadas, apresentam atributos terapêuticos e medicinais que se devem às propriedades físicas, químicas e térmicas das suas areias carbonatadas biogénicas, importantes para o tratamento de doenças do foro ortopédico e reumático, entre outras enfermidades.
Na categoria Praias Urbanas:
Praia da Zambujeira do Mar (Odemira – Alentejo)
Inserida no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a Praia da Zambujeira do Mar encontra-se anichada numa alta falésia que parece protege-la do mundo, com a aldeia a espreitar o areal. Localiza-se entre arribas e vale sendo atravessada por uma linha de água que desagua no mar. De areal fino que se mistura com algum rochedo, a praia convive com o movimento das marés, que deixam a descoberto uma maior extensão de areal que convida à descoberta dos seus recantos e ao exercício físico. Pelas suas características convida também à prática de surf, bodyboard, ao mergulho e à pesca desportiva. Também à contemplação e à reunião familiar. Contemplada do alto da falésia, que se oferece como um miradouro privilegiado, a paisagem é deslumbrante. Esta é a praia de eleição de milhares de portugueses e de muitos estrangeiros. Trata-se de uma praia vigiada que oferece boas acessibilidades, também a pessoas com mobilidade condicionada, zonas de circulação automóvel e áreas de estacionamento e instalações sanitárias. A qualidade da água e do seu areal tem sido reconhecida desde 2008 com a atribuição dos galardões “Bandeira Azul” e “Praia Acessível”.
Na categoria Praias Selvagens:
Lagoa do Fogo (S. Miguel – Açores)
A Lagoa do Fogo, classificada desde 1974 como Reserva Natural, na sua grandiosidade e beleza dramática, com água de um azul que vai do escuro anil ao turquesa, contornada aqui e ali por praias de areia branca e rodeada por margens cobertas de vegetação que não consegue ocultar os efeitos das poderosas forças vulcânicas que lhe deram origem, é uma das paisagens mais impressionantes do Arquipélago dos Açores. Situada no centro da ilha a 575m de altitude, com uma profundidade máxima de 30m, a Lagoa do Fogo, encontra-se rodeada por densa vegetação endémica e ocupa a enorme caldeira do vulcão do fogo, de forma elíptica e dimensões aproximadas de 3 x 2,5km, apresentando paredes com desníveis máximos de 300m. Desaguam na lagoa do Fogo, cerca de 18 cursos de água e um total de 41 linhas água, com percursos, em geral, muito curtos, na ordem dos 150 a 300 m de extensão, com excepção da ribeira mais hierarquizada desta bacia de drenagem, localizada mais a norte da bacia, que por si só reúne cerca de 40% do total dos cursos de água existentes. Como a caldeira da Lagoa do Fogo é aberta do lado Sul, não se desenvolvem cursos de água representativos nesta zona da bacia de drenagem. Na vertente Norte do vulcão, ocorrem manifestações de vulcanismo secundário, como nascentes de águas minerais, águas quentes férreas, fumarolas e um campo geotérmico, utilizado para a produção de energia eléctrica. Para além de estar inserida na Rede Regional de Áreas Protegidas, esta área encontra-se classificada como Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000 e área RAMSAR.
Na categoria Praias de Uso Desportivo:
Praia do Guincho (Cascais – Lisboa e Setúbal)
A partir de Cascais em direção ao Cabo da Roca. Ao longo do percurso, as águas da Costa do Sol separam-se e a pacatez da Baía cede à agitação do mar aberto. Cada vez mais em cima de um Atlântico cada vez mais musculado, a estrada serpenteia. Primeiro entre um rendilhado de falésias que contam histórias e guardam mitos, como a Boca do Inferno, e depois entre dunas sugerindo um grande final nesta jornada de liberdade. É lá que, estendida por oitocentos metros como um longo tapete dourado aos pés da serra de Sintra-Cascais, no sítio onde o Parque Natural convida o Atlântico a alongar-se terra dentro, encontramos um dos mais valiosos e conhecidos segredos de Cascais. É nesse sítio, onde o sol, a serra, as dunas e o mar colidiram irrepetivelmente na forma de praia, que somos obrigados a contemplar uma das mais espetaculares, misteriosas e dramáticas paisagens da Costa Ocidental da Europa: a Praia do Guincho. Orgulhosamente ventosa, vaidosamente selvagem, despreocupada se o gelado e temperamental Atlântico inibe visitantes de irem a banhos, o Guincho é a mais genuína das praias. E é por ser genuína que a praia do Guincho não teme que se desvendem os seus contrastes. Contrastes entre a aspereza das rochas que envolvem a praia e as areias finas que preenchem o seu sistema dunar. Contraste entre o barulho da fama que a transformou numa meca mundial para o surf, windsurf, kytesurf e outros desportos náuticos, e o silêncio inabalável do Parque Natural que a envolve num longo abraço. Contraste entre a pureza de um local protegido que se manteve praticamente inexplorado e o desejo que muitos acalentam em visitá-la todos os anos – também porque, ali perto, há uma oferta turística de elevadíssima qualidade e prestigio para todos os públicos. Contraste entre uma natureza impiedosa e um sensível ecossistema de fauna e flora onde todos os atores representam os seus papéis de forma sublime. Com vista para o mais ocidental ponto da Europa, o Cabo da Roca, a mais ocidental praia da Europa é mais do que uma praia. É uma personagem com vida própria. Com personalidade e caracter. Uma praia que personifica o espírito de um país e conta a história de um povo.
Como se pode constatar Portugal está repleto de magníficas Praias. Agora deixe-se ir e parta rumo a estas verdadeiras maravilhas!
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